Alexsandra Martins tem problemas de saúde que a deixam debilitada. Com 41 anos, ela chegou a pesar 38 quilos em abril
Faz 10 anos que Alexsandra Martins, que hoje mora em Natal, tenta descobrir quais as causas de uma série de problemas de saúde que a tem deixado debilitada. Ao longo deste tempo, ela passou por médicos de diversas especialidades, em vários estados, e já recebeu muitos diagnósticos. Nenhum deles, no entanto, confirmado por exames. Em abril, aos 41 anos, Alexsandra chegou a pesar 38 quilos. Para ela, a angústia de não saber qual a doença é ainda pior do que estar doente, pois sem isso não é possível receber um tratamento adequado. “Quero permanecer viva”, diz ela.
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“O pior não é ficar doente, mas ficar sem um possível tratamento, uma possível cura, ficar sem o tal diagnóstico escrito num papel”, afirma Alexsandra.
Natural de Manaus, Alexsandra foi diagnosticada pela primeira vez com hérnia de disco. “Os primeiros sintomas começaram quando eu morava em Belém, no Pará. Eu era uma pessoa saudável e tinha uma vida normal. Um dia, acordei sentindo fortes dores na lombar. Como não passou, recorri até a emergência. Na época, me deram apenas um analgésico e fui pra casa. Passados alguns dias, fui internada com suspeita de hérnia de disco e ali fiquei por 17 dias. Sem melhoras, me deram alta. Passei dois meses em casa, de cama, tomando várias medicações. Depois destes dois meses, se iniciou outra dor, mas essa já era no braço, ao lado esquerdo”, conta.
Alexsandra explica que seus sintomas atuais são dor na barriga, distensão abdominal, febre contínua, sangue nas fezes, fadiga, anemia, dor na perna e emagrecimento. “Não consigo voltar ao meu corpo, embora agora eu me encontre com 41 quilos, segundo a minha nutricionista, ainda preciso recuperar meu peso, que era 55 quilos. Também não durmo bem desde 29 de dezembro de 2006, quando os sintomas começaram”.
Casada com um militar da reserva, Alexsandra tem recebido assistência médica de hospitais militares, mas também do SUS e médicos particulares. “Já gastamos muito com exames e medicações”, lembra.
Alexsandra diz que gostaria que algum médico se interessasse em estudar o seu caso. “Ainda não sei ao certo se existe apenas um diagnóstico para tantos sintomas, mas sei de uma coisa, é impossível não desencadear outras doenças com tantos sintomas, principalmente ansiedade e depressão, pois quem vive numa luta diária buscando respostas para sanar a dor, morre um pouquinho todos os dias. Cada segundo é crucial para que a vida seja salva. Luto diariamente para permanecer viva, pois a minha doença depende de um tal diagnóstico, mas a minha vida depende de Deus”, desabafa.
g1
11/10/16